sábado, agosto 25, 2012

(Nunca mais)

Não é o que se pode chamar de uma historia original, mas não importa, é a vida real. Acordar de madrugada, vindo de outro planeta e sentir-se só. A criança acordada em berço de ouro, e a ferrugem ao seu redor. Os mudos da cidade falavam alto demais, coisas que ela não podia mudar, nem suportar. Ela quis voltar pra casa, cansou da violência que ninguém mais via. Viu milhões de fotografias e achou todas iguais. Conta pra mim o que te fez tão mal. Nunca mais, quero te ver chorar. Conta pra mim o que te fez chorar, nunca mais quero te ver chorar.  Nunca mais. Ofereci abrigo, um lugar pra ficar e ela me olhou, como se soubesse desde o inicio que eu também não era dali. E quando sorriu, ficou ainda mais bonita, tinha a força de quem sabe que a hora certa vai chegar.  Lágrimas do sorriso, mãe e filha, chuva e sol, segredos que não conseguia guardar e não conseguia contar. Conta pra mim o que te fez chorar, nunca mais, quero te ver chorar. Conta pra mim o que te fez chorar, nunca mais, quero te ver chorar. Nunca mais. Eu ainda ando pelas mesmas ruas, a cidade cresce e tudo fica cada vez menor. Agora eu sei que a vida não é um jogo de palavras cruzadas, onde tudo se encaixa. O que será que ela quis dizer, cinco letras começando com a letra “a”. Conta pra mim o que te fez chorar, nunca mais, quero te ver chorar. Conta pra mim o que te fez chorar, nunca mais, quero te ver chorar. Conta pra mim o que te fez chorar, nunca mais, quero te ver chorar. Nunca mais. (Engenheiros do Hawaii)

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