terça-feira, fevereiro 21, 2012

Doces ironias do Destino

     Abril trazia a agradável sensação de bem estar que o verão sempre nos rouba. O Outono começava e com ele as folhas das árvores vinham ao chão lentamente, como se compusessem uma cantiga de ninar daquelas que são sopradas aos nossos ouvidos nas noites mais ternas de toda a nossa vida. Clara nunca teve como negar que o Outono era a sua estação preferida dentre todas as outras. O sorriso que seu rosto exibia quando lhe faziam tal questionamento respondia a tida e qualquer dúvida que ainda pudesse restar. Seus lábios abriam-se quase que instantaneamente e acomodavam-se nas rosadas bochechas.
     Morava em uma casa em estilo colonial, com a soleira enfeitada e uma varanda frontal que abrangia todo o campo visual de um passante. As paredes em um tom de creme, com os detalhes em laranja combinavam plenamente com as folhas avermelhadas que o vento depositava na calçada nessa época do ano. Todo o bairro tinha casas do mesmo estilo, inclusive a de Júlio, seu vizinho e melhor amigo desde a aurora de seus tempos.
     Os pais de Júlio e Clara estudaram juntos e eram melhores amigos durante a faculdade. O Destino, irônico como sempre há de ser, havia os colocado lado a lado, quase que dando um empurrãozinho para que um estivesse na vida do outro.
     Ela era comunicativa, podendo assim, conversar com vários tipos de pessoas, independente da classe social ou nível de conhecimento. Clara conseguia se sair bem em assuntos diferentes, qualquer que fosse. Era delicada e doce com todos que dela se aproximavam, sendo cortês mesmo com o mais esnobe dos homens. A luz que emanava da sua aura condizia com o significado do seu nome: brilhante, iluminada. De uma beleza estonteante. Cabelos ruivos pendiam lisos até o meio das suas costas. E os olhos, ah seus olhos, eram verdes como uvas prestes a amadurarem.
     Júlio era basicamente o oposto. Introspectivo e tímido. Seu mundo estava dentro dos games construídos. Sua aparência poderia até ser considerada normal, ao não ser pelos lindos cachos loiros que caiam por sobre os ombros, combinando perfeitamente com grandes olhos cor de mel.
     O que eles tinham em comum?  Muito pouco, mas mal sabiam eles sobre a bela história de amor que o destino lhes havia reservado.                                                        (Raíssa Tayná Klasman)
--------------------------------------------------------------------------------------------- 

Tem gente que vai dizer que isso não é um texto de verdade. E Eles estarão certos.
Contem essas linhas como se fossem um exercício para a mente e a criatividade. Como assim, Raíssa? Perceberam que eu só dei descrições? Aliás, sabiam que escrevi esse texto numa aula do meu Curso de Redação, sendo que a tarefa era fazer uma descrição de algo? Isso aí, essas linhas aí de cima não são um texto, mas sim um doce para a inspiração de vocês. Aposto que ao imaginarem os personagens e uma futura história de amor para a continuação, irão ficar cheios de ideias meigas passeando por suas mentes.
Enfim, eu realmente espero que tenham gostado, até porque eu amei escrever! *-*
Beijo muito grande e um bom restinho de feriado pra vocês. :)

Raíssa Tayná Klasman.

Nenhum comentário:

Postar um comentário